quarta-feira, 11 de março de 2009

“Para sobreviver o Jazz precisa de novos ouvintes”

Batizo este texto com uma frase de Robert Gaspler, que circula por diferentes campos musicais, e que fecha o interessante artigo “Ao Jazz o que não é do Jazz” da jornalista Carolina León publicado na revista espanhola “Calle 20”, (edição #36 – março de 2009), que se dedica a falar de cultura em geral. Neste artigo Carolina destaca a vários jovens artistas do cenário Jazz atual, enfatizando que este tradicional estilo musical vem sofrendo uma mudança causada pelos novos e jovens músicos que vem surgindo a cada dia. a seguir a A seguir transcrevo ao português alguns parágrafos desta matéria:

É certo que seus aportes estéticos divergem, mas estes músicos representam uma nova geração do Jazz pela sua coerência e ousadia ao injetar nesse gênero musical, influencias não pertencentes a este.

A alguns destes jovens não se lhes foge que sua torrente musical por vezes é difícil de capturar:”Eu adoraria chegar a qualquer que ame a experiência musical” diz Hiromi Hueara (Japão, 1979 – pianista). De uma forma similar se expresa Daniel Glatzel (Andrômeda Mega Express Orchestra):”Não tento atrair a ninguém, apenas quero fazer boa música. Adoro a idéia de por a Anton Webern e a Barry White pra dançar chachachá. Se a tua arte é coerente e você dá ao público a oportunidade de entrar nela, não há nada mais para se preocupar.” Mas a sua escuta pode não ser tão intuitiva. Robert Glasper sentencia: “É importante atrair a gente jovem , por que tradicionalmente o Jazz sempre teve uma audiência mais adulta . Para sobreviver o Jazz precisa de novos ouvintes”

Transcrevo a seguir a todos os novos artistas mencionados no artigo, por ordem de aparição para que você possa procurá-los na rede e ouvir:

- Esperanza Spalding - USA
- Avishai Cohen – Israel
- Brad Mehldau – Israel
- Robert Glasper – USA
- Q-trip – USA
- Hiromi Uehara – Japão
- Daniel Glatzal – Coréia (Andrômeda Mega Express Orchestra - Alemanha)

- Site da Revista: “Calle 20” – Espanha -
http://calle20.20minutos.es/revista/flash.html

Um Abraço,

Marcelo Martos
Produtor do Music From Brazil Podcast

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom, o jazz sempre sofreu alterações, cada um adiciona um pouco de si, é natural. Porém, para sobreviver o jazz precisa mais do que novos ouvintes, precisa de novos músicos, não aqueles que ingressam por esse caminho por achar "cool" mas sim por querer mexer no coração de todos. Jamie Cullum conseguiu trazer o novo e o velho em uma mistura da qual você não consegue escapar, uma explosão de sons e sentimentos, simplesmente por tocar com a alma. Mas infelizmente não existem muitos como ele nessa nova geração. Vivemos uma enorme carência de paixão pela música e uma overdose de artistas preocupados apenas com seus status.